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Pedalar contra o Vento. Dicas e sacadas valiosas para você andar mais forte

Cedo ou tarde você vai pedalar contra o vento forte! Vamos lhe dar dicas para aproveitar o vento e até se beneficiar dele com a aerodinâmica e treino.

Os melhores ciclistas sabem pedalar contra o vento e já entenderam que ele está ali e que aprender a pedalar contra o vento e até usá-lo para ficar mais forte pode fazer toda diferença. É preciso saber que seja contra ou não, todo ciclista tem que superar a resistência do ar para pedalar.

Pedalar contra o Vento

Pedalar Contra o Vento

A maioria das bicicletas recreativas e de passeio não tem um bom projeto aerodinâmico. Enquanto que as bicicletas mais novas e de gama superior já são projetadas com a aerodinâmica em mente.

Isso é relevante, porém o que poucos sabem é que a bicicleta representa uma parcela bem pequena desse arrasto aerodinâmico. O corpo do ciclista tem muito mais influência sobre isso.

Instintivamente, os ciclistas estão cientes do problema da resistência ao pedalar contra o vento e ao longo do tempo vão aprendendo técnicas e até treinos específicos para pedalar melhor contra o vento.

A indústria também fez sua parte, criando avançados testes em túneis de vento e projetando novos componentes cada vez mais aerodinâmicos.

É o caso por exemplo das rodas de perfil alto, diferente do que se pensava bem lá atrás. Apesar de possuírem mais massa e serem até mais pesadas, essas rodas conseguem “cortar” a resistência do ar e transformar a sua forma em vantagem.

A eficiência das rodas aerodinâmicas já foi provada, e mais recentemente começou a surgir mais uma vantagem, o efeito vela. O efeito vela consiste em aproveitar o ar para navegar ou impulsionar a bike seguindo o mesmo princípio das velas de um barco, por exemplo.

Se ficou curioso, visite estes dois artigos Aerodinâmica. Como Aproveitar esse Poder no Ciclismo e Como a roda de perfil alto (aerodinâmica) te deixa mais rápido para conhecer mais sobre essas vantagens das rodas aerodinâmicas.

Resistência do vento

Rafael Turtera, atleta do Team Session 2020
Foto: Rafael Turtera, atleta do Team Session 2020

É cansativo, é mais pesado e dói mais. Sim, pedalar contra o vento nos prova que a resistência do ar está ali para ser vencida. Para avançar, o ciclista deve empurrar a massa de ar à sua frente. Isso requer energia.

A eficiência aerodinâmica – uma forma aerodinâmica que corta o ar mais suavemente – permite que um ciclista viaje muito mais rápido, com menos esforço. Aqui no blog também falamos mais sobre as posições de pilotagem e sua vantagem, visite aqui para ver como ficar mais rápido somente mudando a sua postura sobre a bike.

Cruelmente, quanto mais rápido você vai contra o vento, mais resistência ele exerce sobre você. Ou seja, não é que depois de romper uma determinada resistência a coisa se alivie, não, só piora. Quanto mais rápido, mais energia ele deve exercer para superá-la. 

Se você já se ligou, começa a entender que mais força é um dos fatores para andar contra o vento, contudo, sua energia e sua força são finitas, uma hora elas vão acabar ou diminuir. Por outro lado, investir numa posição aerodinâmica e sabiamente upar sua bike com componentes aero certamente lhe dão vantagens continuas.

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Foto: Atleta e Treinador Rafael Falsarella

Repare que em provas de Triathlon e nos grandes eventos de road bike como as grandes voltas, todos os ciclistas estão quase sempre encaixadinhos na bike (no triathlon é sempre mesmo!). Nesses casos, pode ter certeza que força ali não é o problema, mas ainda assim, apesar de super fortes estes ciclistas poupam cada watt de potência possível através da melhor posição visando a eficiência aerodinâmica.

Mesmo nas bicicletas para mountain bike onde a aerodinâmica nunca foi lá tão relevante, a coisa já começa a mudar de figura.

Novo quadro Quiron da Craton, saíba mais.

Acontece que a modalidade XCM (Maratona de MTB com pelo menos 62km) tem crescido muito em todo mundo. Dai a busca pela eficiência aerodinâmica nesta modalidade do ciclismo também cresceu.

Ainda não é uma obsessão, mas já é comum a busca por mesas invertidas e guidões com back sweep mais leves, tudo visando uma posição de pilotagem “mais agressiva”. Até mesmo os capacetes estão perdendo algumas entradas de ar para ficarem mais aeros e diminuírem o arrasto aerodinâmico.

Mesa Session com peso de apenas 100gr e 25º de inclinação negativa. Perfeita para subir e ótima para aerodinâmica.

O que é arrasto aerodinâmico no ciclismo?

O arrasto aerodinâmico consiste em duas forças: arraste da pressão do ar e atrito direto (também conhecido como atrito da superfície ou atrito da pele). Um objeto contundente e irregular perturba o ar que flui ao seu redor, forçando o ar a se separar da superfície do objeto. As regiões de baixa pressão por trás do objeto resultam em um arrasto de pressão contra o objeto. 

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Com alta pressão na frente e baixa pressão atrás, o ciclista está literalmente sendo puxado para trás. Projetos que preveem estas formas tendem a ajudar o ar a se fechar mais suavemente ao redor desses corpos e a reduzir o arrasto de pressão. 

Leve em conta ainda o arrasto direto, que ocorre quando o vento entra em contato com a superfície externa do ciclista e da bicicleta. Mas é bom reforçar que o arrasto direto e o atrito da direção é um fator menor do que o arrasto da pressão do ar.

O que tudo isso significa na pratica?

Em uma estrada plana, a resistência aerodinâmica é de longe a maior barreira à velocidade do ciclista, representando 70 a 90% da resistência sentida ao pedalar. 

O único obstáculo maior é subir um morro ou uma serra: o esforço necessário para pedalar uma bicicleta contra a força da gravidade supera em muito o efeito da resistência do vento.

Vento, vilão ou mocinho?

Pois bem, da pra dizer que o vento contra pode ser as duas coisas. Pode ser mocinho se você treina algumas especificidades como força e potência por exemplo, nesse caso vai ser um aliado.

Também vai ser mocinho se você já percebeu que a sua posição otimizada quebra a resistência do ar com mais facilidade e te faz poupar aqueles watts preciosos como mostramos neste artigo aqui do blog Session.

Mas pode ser vilão se você reclama do vento numa prova, se esquecendo que ele sopra igual para todos. O vento que te atrapalha, também pode ser o vento que te fortalece, é possível usar o vento para trabalhos de força, por exemplo.

Vai ser vilão se você simplesmente ignora os estudos e testes que comprovam que uma postura aerodinâmica do ciclista melhora muito a pedalada contra o vento. E ainda se acha que upgrades com rodas aerodinâmicas são bobagens e que nada disso ajuda.

Pedalar ou treinar em pelotão aproveitando o vácuo

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Para os ciclistas iniciantes a ideia de pedalar no vácuo é um pouco assustadora, pois existe o medo de acidentes e pequenas colisões. Realmente, no começo esse medo tem fundamento, mas tão logo se conquiste confiança e aprenda alguns macetes você passa a tirar isso de letra.

Pedalar no vácuo, seja de um amigo mais forte ou mesmo revesando com caras do seu nível de pedal além de te dar ritmo, ainda te ensina a pedalar contra o vento. Te ensina a economizar energia e buscar eficiência, e com uma vantagem, tão logo comece a se cansar, já pode ceder a frente do pelotão para outro amigo puxar.

Pedalar contra o vento no pelotão ou de roda é uma maneira conhecida, simples e tradicional de ir mais rápido, mais longe e por mais tempo. Ou seja, mais eficiente!

Tirando proveito do vento para ficar mais forte

Muitos treinadores recomendam treinos de força contra o vento, considere pedalar contra o vento com uma cadencia mais baixa, isso promove o ganho de força.

Tente experimentar algo entre a cadência 60 a 70 rotações por minuto com uma marcha pesada. Lembre-se que este tipo de estimulo não deve ter “tiros” muito prolongados, pois pode exercer muita pressão sobre as articulações do joelho, por exemplo.

O ideal mesmo é consultar um Profissional de Educação Física, pois ele é o único profissional habilitado para lhe prescrever treinos. Se este profissional for especializado em ciclismo, melhor ainda!

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